Os consumidores do mercado de joias têm presenciado diversas mudanças no setor, inclusive no próprio público, que vem se renovando. Enquanto os consumidores tradicionais ainda preferem investir em joias finas, os millennials buscam alternativas sustentáveis, menores preços e maior qualidade, e muito mais personalidade. De acordo com o relatório da Research and Markets, o mercado global de joias de luxo foi avaliado em US$46,52 bilhões no ano de 2021, aqui no Brasil, o setor passou de R$5,4 bilhões em 2020 para R$8,1 bilhões este ano. Conheça algumas inovações dessa indústria!
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Joias e Sustentabilidade
O primeiro exemplo vem da Kimai, uma joalheria da Antuérpia, a capital mundial dos diamantes, que trabalha com diferentes inovações. Tudo é feito sob medida para o consumidor, os diamantes são cultivados em laboratório e o ouro 18 quilates é reciclado. Além disso, a joalheria conta com um serviço chamado “Second Life” onde os clientes podem renovar joias antigas, fazer limpeza e polimento, fazer reparos ou redimensionar as joias e até mesmo redesenhá-las.
Personalização e utilidades
A segunda inovação vem da marca de joias Love & Robots, que cria joias personalizadas usando impressão 3D. Eles lançaram uma coleção chamada Windswept que usa estatísticas meteorológicas históricas para coletar dados de vento e soprar em um pano virtual. Funciona assim: o cliente escolhe qualquer local do mundo em qualquer data nos últimos 50 anos e observa como o vento nesse local altera o movimento desse “tecido” imaginário. Depois é só pausar exatamente no instante desejado para criar uma peça de joalheria com drapeados exclusivos. A joia pode ser feita em prata, ouro amarelo, ouro rosa 14 quilates e latão banhado a ouro.
Uma outra empresa que também trabalha com joias em impressão 3D é a canadense Vowsmith. São diversos modelos de alianças, pingentes e chaveiros que podem ser personalizados com as impressões digitais e colocar a própria caligrafia. Uma joia única!
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Inovações surgem das necessidades dos usuários e com esse próximo exemplo não foi diferente. Os brincos da designer de joias Suhani Parekh foram desenvolvidos para decorar e prender os fones de ouvido AirPod da Apple. São três versões dos brincos, dois dos modelos são encaixes meia lua e o terceiro envolve todo o corpo do fone. Pares de brincos versáteis feitos de prata esterlina que são bonitos e funcionais com ou sem os fones.
Há também pessoas que estão inovando no design de joias para chamar atenção para algumas causas ambientais e sociais. Uma delas é a designer luxemburguesa Lucie Majerus, que desenvolveu a coleção “Human Ivory“, idealizada para chamar a atenção sobre a problemática do mercado ilegal de marfim. Seu projeto, que é no mínimo exótico, transforma dentes humanos em pérolas e cria acessórios como anéis e brincos agregando o mínimo de metais que servem de liga e suporte. A designer aceita encomendas personalizadas e para isso é só enviar o dente e você recebe de volta uma joia com pérola dentária.
Já a designer americana Sara Sallam, preocupada com a invasão de privacidade, decidiu criar joias para barrar as tecnologias de rastreamento. São três peças criadas para proteger o usuário do reconhecimento facial, da detecção de batimentos cardíacos e da tecnologia de rastreamento de marcha. As joias foram inspiradas no livro 1984 de George Orwell, nome dado à coleção.
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Recentemente um movimento importante foi feito por uma das maiores joalherias do mundo, a gigante dinamarquesa Pandora decidiu em 2021 que não venderia mais diamantes extraídos da natureza. A iniciativa faz parte de um plano de sustentabilidade da marca, que está passando a usar os diamantes criados em laboratórios. A primeira coleção dessa nova era, chamada Pandora Brilliance, foi lançada no Reino Unidos e inclui colares, brincos e anéis, com os preços começando em cerca de $350 dólares. A empresa garante que os diamantes criados em laboratório têm as mesmas características dos extraídos no garimpo.
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