A Inteligência Artificial Generativa está famosa principalmente por causa de uma aplicação chamada ChatGPT, que tem causado muita discussão, polêmicas, reflexões e até assustando profissionais. Há duas semanas, quando falamos sobre as apostas Mescla em tecnologia, o primeiro destaque foi justamente a Inteligência Artificial Generativa, que permite que máquinas criem conteúdos originais de forma rápida e convincente. Então, hoje vamos trazer várias inovações da IA Generativa e alguns debates que estão sendo levantados com a rápida adoção dela.
Para se ter uma ideia, o ChatGPT, aplicação da OpenAI, cria poemas, textos, histórias, interage de forma conversacional e consegue responder a perguntas, virou o app de crescimento mais rápido da história após atingir 100 milhões de usuários ativos mensais agora em janeiro, apenas dois meses após o lançamento. São usuários do mundo inteiro que utilizam a tecnologia para pedir desde dicas de roteiros de viagens, até discutir teses econômicas e políticas. Mas você ter uma ideia, a ferramenta foi além e conseguiu passar em provas para médico, advogado e MBA nos Estados Unidos.
Mas o ChatGPT é só uma das inteligências artificiais generativas que estão disponíveis. Também tem o Jasper, por exemplo, que é uma ferramenta que usa a IA para criar conteúdo de blog, legendas para redes sociais e e-mails de venda. O You serve como ferramenta de busca que faz curadoria de textos e imagens do tema pesquisado e pode criar um conteúdo original a partir do que foi encontrado. Já a Jenni promete produzir artigos científicos, um discurso ou dissertações.
Um outro exemplo de AI generativa é Midjourney, um plug-in do aplicativo de comunicação Discord, que cria qualquer ilustração que o usuário descreva em tempo real, ou ainda pode fazer intervenções em imagens demandadas pelas pessoas por meio de um chat. Outra aplicação, o Dall-E 2 também cria imagens com uma descrição do autor. Além disso, os usuários podem definir o estilo da imagem, conceitos e atributos, quanto mais informação passada, mais detalhada será a imagem formada. Os resultados são impressionantes!
No âmbito profissional, as apresentações que utilizam slides agora podem ser produzidas por inteligência artificial. O Tome recebe um descritivo do que deve estar na apresentação do usuário e cria a melhor forma de expor esse conteúdo. Já, o ChatBA cria apresentações de slides interativas derivadas de uma frase ou palavra. Enquanto o Synthesia é uma plataforma de IA que cria qualquer vídeo com um ator e produção profissional sem a necessidade de um contrato.
Em outras áreas também têm inteligência artificial generativa aplicada. É o caso do DoNotPay, um robô advogado que ajuda os consumidores a lutar contra grandes corporações e resolver questões jurídicas. O Fireflies é uma plataforma que anota os principais pontos de reuniões corporativas para não tirar a atenção dos presentes. A Looka cria identidade visual por meio de informações passadas pelos usuários. Já a OneMeta AI coordena traduções simultâneas tanto em forma de texto quanto voz.
Consequências e reflexões
Tudo isso é muito interessante e até mesmo assustador! Na educação, por exemplo, alguns professores estão voltando a cobrar que as redações sejam produzidas em sala de aula para que os alunos não usem as Inteligências Artificiais. Já outros estão permitindo o uso de IA para a produção do trabalho, mas avaliando a pergunta que foi feita ao invés da resposta dada. Ao mesmo tempo que pesquisadores estão desenvolvendo ferramentas para ajudar a identificar se o trabalho foi feito por uma inteligência artificial ou por um humano, é o caso do GPTzero.
Essa discussão deve ser ampliada porque os avanços tecnológicos não tem volta e a tecnologia está cada vez mais acessível, e estamos muito próximos de crises como a escassez de emprego, se não pensarmos em uma adaptação. Não podemos esquecer que uma ferramenta como ChatGPT sabe até programar códigos de computador! Então, como devemos agir para lidar com essa nova realidade?
