As substâncias psicodélicas estão sendo usadas por pessoas com problemas crônicos, que desejam tratar a depressão, ou ainda quem quer trabalhar a criatividade buscando alternativas não tradicionais. A divulgação de pesquisas científicas estão ganhando força mundo afora e baseada nelas, a Austrália, por exemplo, acaba de se tornar o primeiro país a reconhecer oficialmente os psicodélicos como medicamentos. Já nos Estados Unidos, o estado do Oregon permite o uso recreativo da psilocibina. Aqui no Brasil, dados de 2020 da Global Drugs Survey, apontam que cerca de 23% das pessoas consomem psicoativos na forma de microdose no Brasil. Os movimentos mostram que é um mercado em ascensão e por isso algumas inovações nessa área estão surgindo.
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O primeiro exemplo é a startup de biotecnologia americana Lusaris Therapeutics. Ela está desenvolvendo um psicodélico de ação rápida e eliminação rápida, chamada 5-MeO-DMT, que combate a depressão resistente ao tratamento (TRD)e outros distúrbios neuropsiquiátricos graves. A substância é retirada do veneno de um sapo do rio Colorado e desencadeia fortes experiências psicodélicas. Além disso, a startup está construindo um portfólio de novos neuroplastógenos serotonérgicos para uma ampla gama de condições neuropsiquiátricas e neurológicas, incluindo enxaqueca e cefaléia em salvas.
A segunda inovação vem do Reino Unido e chama-se Awakn, empresa de biotecnologia que está desenvolvendo uma nova abordagem para o tratamento de vícios comportamentais e de substâncias, utilizando cetamina e MDMA (Ecstasy). A proposta é trabalhar em um ambiente terapêutico o transtorno do uso de álcool, o vício em jogos de azar, transtorno da compulsão alimentar periódica, transtorno de jogos na Internet e comportamento sexual compulsivo. Os ensaios clínicos globais são promissores.
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Na Jamaica, um retiro chamado Silo Wellness utiliza psilocibina, cetamina e 5-MeO-DMT (alucinógeno) em práticas integrativas como ioga, meditação, respiração e treinamento espiritual. A proposta é aproveitar a capacidade do composto de religar vias neurais nos processos terapêuticos.
Aqui no Brasil já existem empresas que fornecem os chamados cogumelos mágicos para serem ministrados em microdosagem. Tanto a Cubensis quanto a Natureza Sana comercializam os cogumelos para serem usados para tratar depressão, ansiedade ou até mesmo para melhorar o foco, a criatividade e a energia. Além disso, a Anvisa aprovou a comercialização do Spravato, spray nasal de cloridrato de escetamina, para tratar depressão grave.
Outro mercado agregado que está se desenvolvendo graças a ascensão dos psicodélicos, que são os medicamentos integrativos naturais projetados para preparar e apoiar terapias psicodélicas. Eles são usados antes e depois das sessões de terapia. Um exemplo nessa linha é a empresa canadense MINDCURE, que tem entregas personalizadas para a pré-terapia, com dosagens que promovem o relaxamento corporal, diminuem a ansiedade, equilibram os modificadores do humor e melhoram o sono. Além do suplemento pós-tratamento que é eficaz para atender às necessidades do fígado e do sangue após uma sessão, além de abordar o humor e a saúde para apoiar experiências de cura mais eficazes.
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